quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Coração de pedra


George Chapman vive em Londres, é um menino de 12 anos, introvertido e infeliz na escola. Umdia, em um passeio ao Museu de História Natural, ele quebra a cabeça de um dragão de pedra. Esse acontecimento dispara, num universo paralelo que só o próprio George pode, ver uma guerra entre estátuas mitológicas (o mal) e estátua de seres humanos (o bem). Perseguido nos corredores do museu por um pterodáctilo assustador, George mal pode imaginar o que ainda o espera...

O que você faria se de repente as estátuas ao seu redor começassem a se mover? E como reagiria se elas estivessem atrás de você querendo te eliminar? E mais, se você notasse que mais ninguém parece perceber isso? Você fugiria, se esconderia? Mas como fazer isso em uma cidade como Londres que é tomada por estátuas em todos os lugares? Ficou difícil né? Pois é, você começou a entender a situação de George Chapman.

George tinha uma vida bem monótona pra um adolescente com aqueles problemas comuns com o valentão da escola e professores chatos. Só que um erro faz tudo tornar-se no mínimo agitado e bastante perigoso. À partir daí ele começa a ver as estátuas ganharem vida e só pra piorar eles querem matá-lo: salamandras, répteis, aves e outros seres de pedra.

Ao mesmo tempo outras estátuas, de homens, decidem salvá-lo - principalmente um artilheiro que arrisca a própria vida em prol do menino. É gente, estátua também morre!

As estátuas basicamente se dividem em dois grupos: estigmas (estátuas de bestas mitológicas) e cuspidos (estátuas de seres humanos) e esses dois grupos não se toleram e tudo é motivo pra entrarem em guerra. No meio disso tudo, uma menina, Edie, surge na história. Ela também via as estátuas com vida, mas diferente de George nada poderia resolver isso. E mais, ela tem um outro dom - não vou contar, mas adianto que é meio bizarro. E quase me esqueci de contar, ela não é exatamente o exemplo de simpatia e animação, também não é alguém muito otimista ou mesmo calma e paciente. Edie é completamente o oposto disso tudo, e portanto, uma pessoa bem difícil de lidar em um situação apavorante como esta. E só pra piorar um pouquinho o humor dela, a estátua do artilheiro não está nem um pouco interessado em ter uma fagulha por perto e está sempre a expulsando e excluindo. Quanto a fagulha...leiam e descubram o que significa kkkkk

Os três precisam primeiro descobrir o que foi que George fez para se meter nessa encrenca, pois só assim eles poderão resolver o problema. Para isso eles consultam outras estátuas que saberiam como encontrar uma solução para o caso do menino. Mas olha, eles deixam os três mais confusos do que estavam no começo, cheio de enigmas e mistérios, estátuas que não se sabe se pode confiar e por aí vai. E o pior é que eles tem que encarar tudo isso, lutando pra não perder a cabeça e quebrar uma delas em pedacinhos e ainda tendo que se livrar dos estigmas e de um corvo maluco que tem mais vidas que um gato. E ah, só um detalhe, as estátuas que são metade homens agem como estigmas também, ou seja minotauros - que por sinal são mais velozes que o Super Man - também estão atrás deles, além, claro, dos estigmas voadores né...

Bom, eu gostei do livro, mas confesso que teve uns momentos meio cansativos porque em determinados pontos a linguagem é quase infantil, então cansa um pouquinho. E vou confessar que me perdi um pouco nos lugares...poxa é muito nome de rua, de igreja e outros que não conheço né, afinal nunca fui a Londres :( Mas logo no início do livro tem um mapinha com a localização das estátuas, então isso pelo menos dá pra se localizar .

Mas apesar desses detalhes eu gostei muito do livro. Tá sou meio suspeita pra falar desse tipo de história que adoro coisas bem fantasiosas e sempre me pego imaginando como seria se fosse verdade - como Toy Story, imagina se os brinquedos se movessem mesmo quando não estamos por perto uhuahuah. É meio loucura, eu sei, mas fala aí se você nunca pensou algo assim...

Saindo do delírio básico... o livro é meio perseguição total, o tempo todo fugindo de coisas que vem de qualquer lugar - sério mesmo. E vamos combinar, eu adorei essa capa *-*

Autor: Charlie Fletcher
Editora: Geração Editorial