quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Na rede # 17


Encontrei em um blog uma entrevista com Sherri Browning Erwin, autora de Jane Slayre - uma versão da história de Charlotte Bronte, Jane Eyre. Se você ainda não conhece o lançamento vou postar no fim a sinopse dessa versão. Mas antes, a entrevista traduzida da autora para o blog.

Q - Qual a sua reação para a popularidade do seu romance Jane Slayre que foi lançado na última primavera?
S - Eu estou muito animada que Jane Slayre tenha sido tão bem recebida por fãs de romance, comédia, terror, fantasia e ficção científica, e fãs de Jane Eyre. Que eu tenha sido capaz de cruzar e atingir os leitores de outros gêneros de romance, onde eu comecei, foi como uma emoção. É bom estar entre pessoas que já ouviram falar do livro, o que realmente não aconteceu comigo com os outros títulos. Eu tenho leitores de todas as idades, de jovens até idosos. Jane Slayre está em todo lugar.

Q - Como foi a recepção pra você e para o livro na recente convenção RWA em Orlando?
S - Pela primeira vez, eu tive pessoas que vieram para a seção de autógrafos especialmente para me encontrar para assinar seus livros. (...)

Q - Quando Jane Slayre foi lançado qual era sua expectativa para o livro?
S - Eu esperava que Jane Slayre pudesse ser "adotada" pelos fãs de Jane Eyre, mas eu esperava algo negativo dos puristas literários. A reação negativa foi pequena, felizmente. Mesmo alguns puristas foram conquistados. Minhas cartas favoritas são aquelas que recebo das pessoas que afirmam Jane Eyre como seu livro favorito, e felicitando-me por capturar o espírito do original, acrescentando um toque divertido. (...)

Q - Por que você acredita que histórias de vampiros são tão populares agora?
S - Com a recessão, guerras, desastres ambientais, e um ambiente político controverso atualmente, eu acho que as pessoas olham para a ficção como um escape, e não há nada como se perder em um mundo de fantasia que não é igual ao nosso. Vampiros são criaturas fascinantes. Eles são bons? Eles são maus? Mal compreendidos? Em um mundo que às vezes é difícil diferenciar os caras bons dos maus, acho que é divertido examinar personagens que também são um pouco ambíguos.

Q - Era seu objetivo manter seu livro próximo do clássico de Bronte?
S - Foi muito importante pra mim manter os temas e as intenções de Charlotte Bronte em Jane Eyre, quando eu mudava para Jane Slayre. Eu queria manter seu tom e estilo enquanto adicionava novas maneiras de pensar sobre seus personagens e suas ações, e sim, alguns momentos cômicos. Eu considero Jane Slayre uma homenagem a Jane Eyre mais do que uma paródia.

(...)

Q - Você escreveria um novo romance sobre vampiros?
S - Certamente. Estou trabalhando em um agora.



Jane Slayre

Jane Slayre, nossa heroína caçadora de demônios, é uma orfã corajosa que desdenha o mundo dos detestáveis vampiros que a criaram. Com base no conselho de seu fantasmagórico tio, ela desenvolve as habilidades de caçadora destemível que deveria ter. Quando ela aceita o emprego como governanta, ela se apaixona intensamente pelo seu chefe, Sr. Rochester, só para descobrir que ele está escondendo um violento lobisomem no seu sótão - na forma de sua primeira esposa. Pode um bestiário de criaturas com sede de sangue e comedoras de carne da noite impedir uma valente senhorita do século 19 de se casar com o gentlemen que ela deseja? Vampyros, zumbis e lobisomens transformam a obra inesquecível de Charlotte Brontë numa suave aventura paranormal que agradará e aterrorizará.

O livro tem também um booktrailler, veja só...



Fonte: newbites

Bom, parece que a moda é essa - fazer uma versão sobrenatural dos clássicos da literatura. Depois de Orgulho, Preconceito e Zumbis; Razão, Sensibilidade e Monstros Marinhos; teve também livro usando autor famoso - Jane Austen, a vampira; agora por fim a versão sobrenatural de Jane Eyre. O que vocês acham disso? São boas idéias ou forçaram a barra demais?



O símbolo perdido

Depois de sobreviver a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas. Em O Símbolo Perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar, descobre que caiu numa armadilha. Não existe nenhuma palestra, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal´akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse e, está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Sendo essa a única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian.

Mais uma aventura celebre de Robert Langdon e mais um bestseller de Dan Brown: O símbolo perdido. Este livro narra mais um dia fora do comum na vida do professor de história da arte de Harvard, só que há uma diferença no foco da história, que não é os mitos, as verdades ou a história da Igreja Católica e alguns que se envolvam com ela, não dessa vez o foco são os maçons.

Se engana quem possa pensar que o autor faz críticas a sociedade, pelo contrário, ele mostra como o PRÉ- conceito e a falta de conhecimento pode fazer com que nós tenhamos idéias absurdas sobre todo tipo de assunto.

Ele usa quase um capítulo inteiro para demonstrar isso e a parte que melhor a representa é a que vou descrever aqui. Então se você não leu o livro, pule um trecho porque vai ter SPOILER:
" Langdon se encontrava em uma sala de aula falando para os alunos sobre sociedades secretas e seus rituais.
- Que pena. Se isso é maluco demais pra vocês, então sei que nunca vão querer entrar para a minha seita.
Um silêncio recaiu sobre a sala.
- O senhor faz parte de uma seita?
Langdon assentiu com a cabeça e baixou a voz até um sussurro.
- Não contem pra ninguém, mas, no dia em que o deus-sol Rá é venerado pelos pagãos, eu me ajoelho aos pés de um antigo instrumento de tortura e consumo símbolos ritualísticos de sangue e carne.
A turma toda fez uma cara horrorizada.
- E, se algum de você quiser se juntar a mim, vá a capela de Harvard no domingo, ajoelhe-se diante da cruz e façam a santa comunhão."
FIM DO SPOILER

O livro começa quando Langdon é convocado a Washington pelo grande amigo e mentor Peter Solomon. Só quando chega ao Capitólio é que descobre que não havia sido Solomon que o chamara lá e que, pelo contrário, ele corria risco de vida. O sequestrador exigia que o professor descobrisse onde estava o segredo maçônico (um antigo portal) escondido na capital e para forçá-lo a tal ameaçava a vida de Peter.

Enquanto isso Mal´akh, o sequestrador, engana Katherine, a irmão de Peter. Os irmãos trabalhavam em um laboratório escondido dentro do CAMS (Centro de Apoio dos Museus Smithsonian), onde Katherine fazia uma pesquisa revolucionária que poderia modificar a forma dos humanos verem o mundo e a si mesmos. Mal'akh queria entrar lá e destruir a pesquisa, e para isso se fez passar por médico de Peter para que pudesse encontrar com a irmã dele. Ah e se um detalhe, o laboratório ficava dentro de um galpão completamente escuro e sem energia elétrica, e como disse Peter a distância entre a entrada do galpão e o início do laboratório é maior que um campo de futebol. Sério eu não entraria lá....

Se a coisa já era difícil, ainda piora mais um pouquinho. A CIA é envolvida no caso, só que a chefe do departamento, a agente Sato, não estava nem um pouco a fim de contar para Langdon o que sabia e nem o porque estava no caso, mas queria que o professor lhe contasse tudo, lhe mostrasse tudo o que conhecia do Capitólio sob o risco de ser preso e nunca mais ver o amigo.

À partir daí começa uma busca interminável por Solomon, desvendando segredos maçônicos dentro da capital americana, aprendendo como a humanidade evolui pouco nos últimos séculos, afinal tudo o que se conhece hoje sobre o planeta e o universo já sabia há centenas de anos atrás, só que foi esquecido. O livro mostra como temos mais poderes do que imaginamos e como coisas que damos como verdades absolutas nem sempre são assim tão verdadeiras.

Dan Brown narra rituais maçônicos, explica seus símbolos e como eles aparecem em número grande dentro da capital americana, conta sobre passagens secretas e para que eram utilizadas. Ah, e tem um mapinha do Capitólio bem legal desenhado no livro.

Bem, não vou me aprofundar no enredo, porque vou acabar fazendo um monte de spoiler, mas eu super recomendo esse livro. Cada vez que leio uma história de Dan Brown eu fico mais encantada e fascinada pela história, pelo simbolismo presente no mundo. É impressionante como tomamos por verdade absoluta coisas que se procurarmos a fundo vemos que são bem diferentes do que achávamos, e de certa forma, os livros desse autor ajudam a aumentar o interesse por tudo isso e a conhecer um pouco mais sociedades como a maçonaria.

Por fim, como diz Langdon: Mantenham a mente aberta...

Autor: Dan Brown
Editora: Sextante