"Vou ´vender´ o fantasma do meu padrasto pelo lance mais alto..."
Por 1.000 dólares, o roqueiro se torna o feliz proprietário do paletó de um morto, supostamente assombrado pelo espírito do antigo dono. Sempre às voltas com seus próprios fantasmas - o pai violento, as mulheres que usou e descartou, os colegas de banda que traiu -, Jude não tem medo de encarar mais um. Mas tudo muda quando o paletó finalmente é entregue na sua casa, numa caixa preta em forma de coração. Desta vez, não se trata de uma curiosidade inofensiva nem de um fantasma imaginário. Sua presença é real e ameaçadora. O espírito parece estar em todos os lugares, à espreita, balançando na mão cadavérica uma lâmina reluzente - verdadeira sentença de morte. O roqueiro logo descobre que o fantasma não entrou na sua vida por acaso e só sairá dela depois de se vingar. O morto é Craddock McDermott, o padrasto de uma fã que cometeu suicídio depois de ser abandonada por Jude. Numa corrida desesperada para salvar sua vida, Jude faz as malas e cai na estrada com sua jovem namorada gótica. Durante a perseguição implacável do fantasma, o astro do rock é obrigado a enfrentar seu passado em busca de uma saída para o futuro. As verdadeiras motivações de vivos e mortos vão se revelando pouco a pouco em A estrada da noite - e nada é exatamente o que parece.
Sem dúvida Joe Hill sempre me surpreende com suas histórias. A primeira impressão é sempre a de um livro confuso, com personagens estranhos e sempre me faz pensar o porque estou lendo aquilo. Só que o autor consegue me convencer de que aquela será uma grande história em poucas páginas.
Judas Coyne é uma lenda do rock pesado, que há algum tempo não lança nada de novo, mas que aproveita sua riqueza para comprar objetos cada um mais 'bizarro' que o outro, como por exemplo, o crânio de um camponês. Sua outra característica é a de sempre se envolver em relacionamentos, nada saudáveis, com jovens góticas, que ele não fazia a menor questão de lembrar o nome, pelo contrário, ele as chamava pelo nome do estado de onde vieram.
E é por causa de tudo isso que ele acaba envolvido em uma situação no mínimo assustadora.
Seu assistente recebe um e-mail informando sobre o leilão de um fantasma, pois é, vocês leram direito, é um fantasma de verdade. Claro, que Judas não poderia perder isso. Só que quando o tal fantasma chega, junto com seu paletó que estava dentro de uma caixa em forma de coração (estranho), o astro percebe que não foi um bom negócio, pois o cara foi pra lá com uma missão específica - acabar com a vida de Jude e de todos que o ajudarem, levando todos para passear na Estrada da Noite.
O tal fantasma - Craddock McDermott - é nada menos que o padrasto de uma das tais jovens góticas com quem Judas se relacionou e que após o rompimento se suicidou. Por isso Craddock foi atrás do astro com o objetivo de vingar a morte da enteada.
Mas aí você pode pensar, ah como um morto pode matar alguém? Super simples, esse, em específico, tinha o dom, em vida, de hipnotizar as pessoas e "controlar" suas mentes, e isso não desapareceu depois da morte. Então agora ele usa isso para forçar Judas a matar Geórgia, a garota da vez, e depois se matar. Mas o astro não vai desistir tão fácil.
A estrada da noite traz alguns momentos bem assustadores e aterrorizantes e outros que me deixaram com muito enjôo, só de imaginar alguns daqueles momentos realmente acontecendo... Em compensação alguns momentos chegam a ser até engraçados.
É inevitável comparar Joe Hill com Stephen King, e principalmente esperar sempre maravilhas do primeiro por causa de sua descendência. Eu não seria a pessoa mais indicada para fazer a comparação, pois ainda não tive o prazer de ler nada do King, mas sei que as histórias do Hill valem muito a pena.
"Mais cedo ou mais tarde os mortos nos alcançam..."
Autor: Joe Hill
Editora: Sextante
4 comentários:
Olá, Amanda!
Ainda não li este livro, mas fico receosa porque evito ler livros com um suspense forte e de certa forma aterrorizante rs. Mesmo assim, pretendo dar uma oportunidade para este livro que vem sendo comparado com os do Stephen King.
Adorei a sua resenha!
Bjos.
Mariana Ribeiro
Confissões Literárias.
Oi Amanda!
Eu adorei esse livro! Sou fã do King e acabei lendo por causa disso, mas acho que o Joe Hill também tem muito talento. Quero ler mais livros dele :)
Beijos,
Sora
Meu Jardim de Livros
Olá, Amanda!
Esse livro não me atraiu mais a resenha ficou interessante, viu!
Beijos
Apaixonada por Romances
Adorei a resenha Amanda! ^^
Bem legal, me interessou bem mais que a sinopse =D
Eu estou sempre vendo esse livro bem baratinho no submarino, assim que tiver uma oportunidade eu compro ^^
Amei essa frase: "Mais cedo ou mais tarde os mortos nos alcançam..."
Bjus =*
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