segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A estrada da noite

Uma lenda do rock pesado, o cinqüentão Judas Coyne coleciona objetos macabros: um livro de receitas para canibais, uma confissão de uma bruxa de 300 anos atrás, um laço usado num enforcamento, uma fita com cenas reais de assassinato. Por isso, quando fica sabendo de um estranho leilão na internet, ele não pensa duas vezes antes de fazer uma oferta.
"Vou ´vender´ o fantasma do meu padrasto pelo lance mais alto..."
Por 1.000 dólares, o roqueiro se torna o feliz proprietário do paletó de um morto, supostamente assombrado pelo espírito do antigo dono. Sempre às voltas com seus próprios fantasmas - o pai violento, as mulheres que usou e descartou, os colegas de banda que traiu -, Jude não tem medo de encarar mais um. Mas tudo muda quando o paletó finalmente é entregue na sua casa, numa caixa preta em forma de coração. Desta vez, não se trata de uma curiosidade inofensiva nem de um fantasma imaginário. Sua presença é real e ameaçadora. O espírito parece estar em todos os lugares, à espreita, balançando na mão cadavérica uma lâmina reluzente - verdadeira sentença de morte. O roqueiro logo descobre que o fantasma não entrou na sua vida por acaso e só sairá dela depois de se vingar. O morto é Craddock McDermott, o padrasto de uma fã que cometeu suicídio depois de ser abandonada por Jude. Numa corrida desesperada para salvar sua vida, Jude faz as malas e cai na estrada com sua jovem namorada gótica. Durante a perseguição implacável do fantasma, o astro do rock é obrigado a enfrentar seu passado em busca de uma saída para o futuro. As verdadeiras motivações de vivos e mortos vão se revelando pouco a pouco em A estrada da noite - e nada é exatamente o que parece.

Sem dúvida Joe Hill sempre me surpreende com suas histórias. A primeira impressão é sempre a de um livro confuso, com personagens estranhos e sempre me faz pensar o porque estou lendo aquilo. Só que o autor consegue me convencer de que aquela será uma grande história em poucas páginas.

Judas Coyne é uma lenda do rock pesado, que há algum tempo não lança nada de novo, mas que aproveita sua riqueza para comprar objetos cada um mais 'bizarro' que o outro, como por exemplo, o crânio de um camponês. Sua outra característica é a de sempre se envolver em relacionamentos, nada saudáveis, com jovens góticas, que ele não fazia a menor questão de lembrar o nome, pelo contrário, ele as chamava pelo nome do estado de onde vieram.

E é por causa de tudo isso que ele acaba envolvido em uma situação no mínimo assustadora.

Seu assistente recebe um e-mail informando sobre o leilão de um fantasma, pois é, vocês leram direito, é um fantasma de verdade. Claro, que Judas não poderia perder isso. Só que quando o tal fantasma chega, junto com seu paletó que estava dentro de uma caixa em forma de coração (estranho), o astro percebe que não foi um bom negócio, pois o cara foi pra lá com uma missão específica - acabar com a vida de Jude e de todos que o ajudarem, levando todos para passear na Estrada da Noite.

O tal fantasma - Craddock McDermott - é nada menos que o padrasto de uma das tais jovens góticas com quem Judas se relacionou e que após o rompimento se suicidou. Por isso Craddock foi atrás do astro com o objetivo de vingar a morte da enteada.

Mas aí você pode pensar, ah como um morto pode matar alguém? Super simples, esse, em específico, tinha o dom, em vida, de hipnotizar as pessoas e "controlar" suas mentes, e isso não desapareceu depois da morte. Então agora ele usa isso para forçar Judas a matar Geórgia, a garota da vez, e depois se matar. Mas o astro não vai desistir tão fácil.

A estrada da noite traz alguns momentos bem assustadores e aterrorizantes e outros que me deixaram com muito enjôo, só de imaginar alguns daqueles momentos realmente acontecendo... Em compensação alguns momentos chegam a ser até engraçados.

É inevitável comparar Joe Hill com Stephen King, e principalmente esperar sempre maravilhas do primeiro por causa de sua descendência. Eu não seria a pessoa mais indicada para fazer a comparação, pois ainda não tive o prazer de ler nada do King, mas sei que as histórias do Hill valem muito a pena.

"Mais cedo ou mais tarde os mortos nos alcançam..."

Autor: Joe Hill
Editora: Sextante


4 comentários:

Mariana Ribeiro Barbosa disse...

Olá, Amanda!
Ainda não li este livro, mas fico receosa porque evito ler livros com um suspense forte e de certa forma aterrorizante rs. Mesmo assim, pretendo dar uma oportunidade para este livro que vem sendo comparado com os do Stephen King.
Adorei a sua resenha!
Bjos.

Mariana Ribeiro
Confissões Literárias.

Sora Seishin disse...

Oi Amanda!
Eu adorei esse livro! Sou fã do King e acabei lendo por causa disso, mas acho que o Joe Hill também tem muito talento. Quero ler mais livros dele :)
Beijos,
Sora
Meu Jardim de Livros

Apaixonadaporromances disse...

Olá, Amanda!

Esse livro não me atraiu  mais a resenha ficou interessante, viu!

Beijos
Apaixonada por Romances

Renata Souza disse...

Adorei a resenha Amanda! ^^ 
Bem legal, me interessou bem mais que a sinopse =D
Eu estou sempre vendo esse livro bem baratinho no submarino, assim que tiver uma oportunidade eu compro ^^
Amei essa frase: "Mais cedo ou mais tarde os mortos nos alcançam..." 
Bjus =*