quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Excerpt # 3

Alyson Noël divulgou em seu blog um trecho do próximo livro Night Star da série Os imortais que conta a história de Ever e Damen. Eu traduzi e posto aqui hoje pra vocês.


Night Star

Um

- Você nunca me baterá. Você nunca ganhará essa, Ever. É impossível. Você não pode fazer isso. Então por que perder tempo?

Eu estreitei meus olhos e olhei pra o pequeno rosto dela, com aparência pálida, uma nuvem escura de cabelo, a ausência de luz no seu olhar cheio de ódio.

Meu dentes cerrados com força, voz baixa e medida, eu disse: - Não esteja tão certa disso. Você está correndo um sério risco de superestimar você mesma. De fato, você está superestimando você mesma. Eu estou cem por cento certa disso.

Ela zomba. Alto, ironicamente, o som dela ecoando por toda a sala grande e vazia, quicando no chão de madeira para as paredes brancas, para assustar, ou pelo menos intimidar e me jogar para fora de meu jogo.

Mas não funcionou.

Não pode funcionar.

Eu estou muito focada pra isso.

Toda a minha energia concentrada em um único ponto, até que tudo se desvaneça e sou só eu, meu punho preparado, e o terceiro chakra de Haven, também conhecido como chakra do plexo solar - a casa da raiva, do medo, do ódio e da tendência de colocar de colocar muita ênfase no poder, reconhecimento e vingança.

Meu olhar fixado em sua localização como um olho de boi, bem ali no centro de seu torso com roupas de couro.

Sabendo que um direto rápido e bem dirigido é tudo que vamos precisar para reduzi-la a nada mais do que um fato triste na história.

Um alerta de poder errado.

Foi.

Em um instante.

Deixando nada pra trás a não ser um par de botas stiletto pretas e uma pequena pilha de poeira, a única lembrança real de que ela esteve aqui.

Embora eu nunca tenha querido chegar a esse ponto, embora eu tenha tentado trabalhar isso, tentado argumentar com ela, para convencê-la a ter bom senso para que pudessemos chegar a algum entendimento - algum tipo de acordo - no final, ela se recusou a desistir.

Recusou-se a desistir.

Recusou-se a deixar de ir a sua busca equivocada de vingança.

Não me deixando escolha a não ser matar ou ser morta.

Não me deixando dúvida de como isto vai acabar.

- Você é muito fraca. Ela enfatizou. Movendo-se vagarosamente, cuidadosamente, seu olhar nunca deixou o meu. Os saltos das botas stiletto dela batendo no chão enquanto ela disse. - Você não é páreo para mim. Nunca foi, nunca será. Ela para e coloca as mãos nos quadris, a cabeça inclinada para o lado, permitindo um fluxo de ondas escuras brilhantes cair sobre o ombro e pendurar-se bem após sua cintura. - Você poderia ter me deixado morrer meses atrás. Você já teve sua chance. Mas você escolheu me dar o elixir. E agora você se arrepende? Porque você não aprova no que me tornei? Ela pausa tempo o bastante para revirar os olhos. - Bem que pena. Você só tem a si mesma para culpar. Você é que me fez assim. Quer dizer, que tipo de criador mata sua própria criatura, de qualquer modo?

- Eu posso ter feito você uma imortal, mas foi até aí, eu disse, as palavras firmes, deliberadas, soltadas entre dentes cerrados, apesr de Damen ter me treinado pra ficar quieta, focada, fazer isso rápido e limpo, e não discutir com ela desnecessariamente.

Guarde suas opiniões pra depois, ele disse.

Mas o fato é que nos encontrarmos aqui significa que não há mais tarde para Haven. E apesar do que vier, eu estou determinada a pegá-la, para alcançá-la, antes que seja muito tarde.

- Nós não temos que fazer isso. Meu olhar se fixou nela na esperança de convencer. - Nós podemos parar aqui, agora. Isto não tem que ir mais longe do que já foi.

- Ha, você deseja. Ela fala, zombando alegremente. - Eu posso ver isto nos seus olhos. Você não pode fazer isso. Não importa o quanto você pensa que eu mereço, não importa o quanto você tenta convencer a si mesma disso, você é muito mole. Então o que faz você pensar que será de alguma maneira diferente desta vez?

Porque agora você é perigosa - e não só pra você, mas para todos os outros também. Agora é diferente, completamente diferente. Como você está prestes a ver...

Apertei meus dedos com tanta força que instantaneamente ficaram brancos.Eu parei um segundo para me centrar, encontrar o meu equilíbrio, e encher a minha luz, exatamente como Ava me ensinou a fazer, mantendo minha mão baixa e estável, o meu olhar fixo no dela, minha mente limpou de todos os pensamentos estranhos - como Damen recentemente ensinou.

A chave é não demonstrar nada, segundo ele, se mover rapidamente, com propósito. Concluir a ação antes que ela tenha a chance de ver você chegando - não perceberá o que a atingiu até que seja muito tarde.
Até o corpo ter se desintegrado e sua alma ter ido para aquele lugar desolado, triste.

Recusando a ela, mesmo a menor oportunidade para fazer um movimento ou revidar.

Uma lição aprendida no campo de batalha há muito tempo que eu nunca pensei que seria aplicável a minha vida.

Mas apesar de Damen ter me avisado contra ela, eu não posso deixar de me desculpar. As palavras me perdoe não param de sair da minha mente para a dela. Venda sua resposta no flah de piedade que tempera seu olhar antes de rapidamente desaparecer com o misto usual de ódio e desprezo.

Seu punho apontado - para me acertar - mas era muito tarde. O meu já estava em movimento, avançando, em pleno andamento. Acertando bem no seu ploexo solar, fazendo-a cambalear - girando - se quebrando - dirigindo-se diretamente para o abismo infinito.

A terra das sombras

A casa eterna para as almas perdidas.

Consciente da minha própria respiração acelerada, enquanto eu assisto a rapidez com que ela se desintegra. Fragmentou-se tão rapidamente que é difícil de imaginar que ela já tivesse tido forma sólida.Meu instinto agitado, meu coração falhando, minha boca tão seca e ressecada que não saía palavras. Meu corpo reagiu como se o que aconteceu antes - o ato que eu cometi - não fosse só um jogo de faz de conta, mas uma situação terrivelmente real.

- Você foi bem. Você foi bem no alvo, bem na sua marca. Damen diz, atravessando a sala numa fração de segundo, seus braços quentes, fortes me envolvendo enquanto ele me puxava para seu peito. Sua voz soando baixinho no meu ouvido enquanto ele fala, - Embora você seriamente pode querer perder a parte do perdoe-me até depois dela partir. Confir em mim, eu sei que você se sente mal, Ever, eu não posso dizer que eu culpo você, mas é como nós tinhamos discutido, em um caso como esse, é você ou ela. Só uma pode sobreviver. E se você não se importa, eu prefiro que seja você. Ele correu a ponta do seu dedo para baixo no meu rosto, enfiando uma mecha de cabelo loiro atrás da minha orelha, antes de dizer. - Você não pode se dar ao luxo de lhe dar qualquer sinal do que está por vir. Então, por favor, deixe as desculpas para depois, ok?

Eu aceno e me afasto, ainda lutando para respirar calmamente. Olhando por cima do meu ombro para a pilha de couro preto e renda no chão. Tudo que restava da Haven que eu manifestei, antes de picar e apagar todos os vestígios.

Alongando meu pescoço de um lado para o outro e sacudindo todos os meu membros em um movimento que poderia ser tomado como querer desabafar ou se preparando para mais, Damen escolheu interpretá-lo como o último, quando ele sorri diz. - Então, pronta pra outra.

Mas eu só o encarei e balancei a cabeça. Já chega por hoje. Chega de fingir matar a forma fantasmagórica sem alma da ex-melhor amiga.

É nosso último dia de verão, nosso último dia de liberdade e há maneiras muito melhores para nós gastarmos isso.

Olhando com atenção seu comprido e ondulado cabelo escuro que cai pela testa em seus incríveis olhos castanhos, passando ao longo da ponte do seu nariz, o ângulo das maçãs do rosto, para os grossos lábios, onde faço uma pausa longa o suficiente para lembrar o quão maravilhoso é senti-los contra o meu.

- Vamos para o pavilhão, eu disse, meus olhos procurando avidamente os dele antes de avançar para a sua camiseta preta simples, o fio de seda tendo o conjunto de cristais que se esconde por baixo, todo o caminho para o seu jeans desbotada e marrom, sandálias de borracha nos pés. - Vamos nos divertir, aproveitando o momento para fechar meus olhos e manifestar todo um traje novo para mim. Trocando a camiseta, shorts e tênis que eu usava para treinar por uma réplica de um dos vestidos com espatilho mais bonitos, decotados que eu usava em minha vida parisiense.

E basta um olhar para seu olhar nublado para me dizer que está muito bom. A atração do pavilhão é praticamente impossível de resistir.

É o único lugar onde nós podemos realmente nos tocar sem a interferência do escudo de energia - onde nossa pele pode se tocar e nosso DNA se misturar, sem nenhum perigo iminente para a alma de Damen.

O único lugar onde nós podemos desaparecer em um outro mundo que não traga nenhum dos perigos do em que vivemos.

E mesmo que eu já não me ressinta de nossa vida aqui, eu não botarei em prova o aviso, agora que sei que isso é o resultado direto da minha escolha, a única escolha, que a escolha de fazer Damen beber o elixir de Romam é a única razão de ele ainda estar comigo hoje - a única coisa que salvou ele da eternidade em Shadownland - eu estou feliz por aceitar o toque dele de qualquer forma que venha.

Mas ainda, agora que sei que há um lugar onde é muito melhor que isso, eu estou determinada a chegar lá, e agora seria bom.

- Mas e sobre praticar? A escola começa amanhã e eu não quero você sendo pega fora de guarda', ele disse, obviamente lutando para fazer o que é nobre e justo, embora é claro que a nossa viagem para o pavilhão seja muito melhor. - Nós não temos idéia do que ela planejou, então nós temos que nos preparar para o pior. Além disso, nós não chegamos seuqre ao Tai Chi ainda, e eu acho que nós realmente precisamos.Você ficará surpresa com a maneira que ajuda a equilibrar a sua energia - recarregá-la dessa maneira.

- Você sabe o que mais é bom para recarregar minha energia?' Eu sorri, me aproximando dele não dando tempo de resposta antes dos meus lábios tocarem os dele, desejando que ele apenas disesse uma palavra para que possamos ir para um lugar onde eu possa beijá-lo de verdade.

O calor do olhar dele me enchendo de um glorioso formigamento e calor que só ele pode fornecer. Me puxando enquanto dizia - Tudo bem. Você venceu. Mas você sempre vence, não é? Ele sorriu, seu olhar alegremente dançando junto ao meu.

Pegando minha mão e fechando os olhos, enquanto nós dois passamos através de um véu brilhante de luz dourada e macia.

Um comentário:

Carol disse...

ooooooh adorei!