segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os sete

Uma caravela portuguesa de cinco séculos é resgatada de um naufrágio no litoral brasileiro. Dentro dela, uma misteriosa caixa de prata esconde um segredo: sete cadáveres aprisionados acusados de bruxaria. Apesar das advertências grafadas no objeto de prata, a equipe do Departamento de História da Universidade Soares de Porto Alegre decide violar a caixa para estudar os corpos. Afinal, que perigo poderiam oferecer aqueles sete cadáveres? Nenhum. Mas depois que o primeiro deles acorda...

Os sete, o primeiro livro de uma série escrita pelo brasileiro André Vianco, conta a história dos amigos Tiago e César que encontraram uma caravela afundada cheia de moedas antigas e objetos de valor histórico.

Os dois resolvem que poderiam ganhar dinheiro com aquilo. Quem não pensaria o mesmo não é? Recuperam alguns objetos para ter idéia do valor e fazem um vídeo da caravela para levar para a amiga Eliana que estuda história na Universidade Soares de Porto Alegre, e propõe o acordo que tudo que fosse encontrado lá teria a metade pertencente aos dois. Parecia perfeito...

O Departamento de História da Universidade Soares de Porto Alegre resgata a caravela e prepara um laboratório na pequena Amarração para estudarem os objetos tirados de lá, principalmente a estranha caixa de prata que era bastante pesada. Na frente haviam escrituras, entre elas sete nomes: Lobo, Tempestade, Inverno, Gentil, Espelho, Acordador e Sétimo. Dentro encontram sete corpos aparentemente acusados de bruxaria e que estavam em ótimo grau de conservação já que estavam na caixa há quase 500 anos.

Tudo parecia perfeitamente normal até que um pequeno acidente faz com que mudanças comecem a acontecer no corpo de um dos cadáveres e em poucas horas ele acorda, trazendo consigo um frio insuportável. E aí que os problemas começam...

O homem de sotaque português e de um jeito de falar bem antigo, foge do laboratório carregando apenas um dos corpos e prometendo que voltará para pegar Eliana, a responsável por ele estar novamente acordado. Esse ser, que ninguém sabia o que era e nem como voltara a vida, tem um estranho poder de congelar tudo e todos. A cidade litorânea de Amarração passou a conviver com noites de neve. Imagina só, nevando na praia no Brasil!!!

Várias mortes começam a acontecer e o tempo está insuportavelmente frio (ah, só um detalhe, era verão tá). O exercito brasileiro é convocado para lidar com a situação e várias suposições começam a ser feitas a respieto do que seria aquele ser que só Tiago imagina ser um vampiro (oh gentinha cega). O professor de Eliana chega a imaginar que sejam extraterrestres que estiveram na terra há quinhentos anos, mas não acredita que possam ser vampiros...

Na tentativa de capturar o homem - que se chamava Inverno, não preciso explicar o porquê - uma armadilha é montada: quatro corpos são transferidos para Porto Alegre e apenas um é deixado em Amarração. O que o exército e a equipe da universidade não imaginavam é que haviam deixado o que seria mais útil para o espécime (era como chamavam ele...). Esse corpo tinha outro poder ainda mais surpreendente: ele conseguia acordar os mortos, ou seja, criar zumbis (ei, mas são melhores que os dos filmes rsrs). Sendo, então, chamado de Acordador.

Inverno e Acordador criaram muito caos na cidade, trazendo neve e frio além de pessoas de volta dos túmulos. Tiago com medo da promessa que Inverno fizera a Eliana resolve fugir com ela da cidade.

Bom, para resumir a história porque o livro é bem grande, os dois vampiros vivos vão em busca dos quatro que estão em Porto Alegre onde o exército preparou armadilhas para eles, que é claro não os seguraram apesar que os detiveram por bastante tempo. Após acordar os irmãos (é assim que eles se tratavam), eles vão atrás de Eliana. Ah., só pra satisfazer a curiosidade vou dizer o que significa o nome deles: Tempestade é meio óbvio né, ele cria tempestades dãaa; Lobo se transforma em um imenso lobo durante a lua cheia; Espelho consegue se transformar em qualquer pessoa desde que ele olhe para ela por alguns segundos. Não vou falar o que faz Gentil porque essa é uma surpresa que só é revelada no final do livro.

Uma coisa que achei muito legal foi a curiosidade dos vampiros com a tecnologia, carros, luz elétrica. Eles foram trancados no século XVI, então nunca viram nada disso. É divertido eles tentando entender todas as mudanças, se assustando com o trem, com helicóptero e com o avião, além de se surpreender com a luz elétrica. Inverno até disputa com uma geladeira quem gela mais e mais rápido... Eles ficam atrás dos humanos fazendo um milhão de perguntas a respeito de tudo e se assustam com as roupas curtas das mulheres.

O autor também conta a história dos sete: como viveram em Portugal, como conseguiram os poderes e como foram trancados na caixa.

No todo eu gostei bastante o livro, só alguns trechos no meio que ficaram meio sem emoção, meio igual, não sei bem explicar. No entanto tiveram momentos de muita emoção e suspense, e sério achei o final muito bom... Pra quem gosta de histórias de vampiros e que sejam mais tradicionais, do tipo que morrem ao sol e não gostam de alho esse é um livro indicado. Mas tem também um pouco de criatividade que os deixam diferentes, ah e o tempero brasileiro.

"Nobres homens de bem, jamais ouseis profanar esse túmulo maldito. Aqui
estão sepultados demônios viciados no mal e aqui devem permanecer eternamente.
Que o Santo Deus e o Santo Papa vos protejam."

Autor: André Vianco
Editora: Novo Século


4 comentários:

iarashi disse...

Acho os sete sensacional.
A sequencia dele, Sétimo também é imperdível!

Amanda disse...

Estou louca pra ler a sequência...

Vanessa disse...

Adorei o trecho do livro sobre a caixa de prata. Estou louca pra ler a história

Amanda disse...

Leia sim, vc vai gostar