Divorciada, mãe de uma filha de onze anos, a cativante Helen regressa à pequena cidade onde cresceu, na costa atlântica dos Estados Unidos, e adquire uma livraria que pinta de rosa. Tem tudo para se sentir realizada, tudo lhe corre segundo uma ordem comandada por ela, segura de si no seu jogo de sedução, uma livraria que é capaz de manipular os seus clientes fazendo-os comprar os livros que ela lhes quer vender... Contudo, num dia de Verão, uma misteriosa carta de amor vem perturbar a serenidade do mundo de Helen. Subjugada pelo poderoso feitiço das palavras enamora-se irremediavelmente, e pouco convenientemente, por um estudante de vinte anos, Johnny, seu empregado naquele Verão. Cathleen Schine fez deste livro uma deliciosa e irreverente comédia de costumes, numa escrita desenvolta na coloquialidade dos diálogos, sem deixar nada ao acaso.
Olha, preciso começar essa resenha dizendo que esse livro é bem diferente do que costumo ler, e não pelo tema em si, mas pela linguagem usada e o jeito da autora se expressar. Vocês devem estar confusos agora não é?!! Mas vou explicar...
Primeiro deixa eu contar como é a história.
Helen é mãe de uma pré-adolescente, é divorcida e se sente muito bem com isso. Depois do divórcio, ela decidiu voltar a cidade onde nasceu e abriu uma pequena livraria (meu sonho - a livraria, claro, tenho que confessar rsr).
Um dia, ela chega à livraria e encontra no meio das correspondências uma carta de amor para alguém com codinome de Goat - diga-se de passagem, essa carta é bem doidinha, principalmente quando o tal Ram, o autor da carta, fala que jogou o livro pela janela. Por favor, isso é um crime!!! Pelo menos eu considero assim... Como alguém tem coragem de fazer isso?!!
Voltando a carta, ela faz Helen ficar divagando durante todo o livro sobre quem escreveu, porque escreveu, pra quem foi e por aí vai. Ela tem várias teorias e cada uma mais absurda que a outra, começa a ver sinais onde não existe e poderia até ter estragado uma amizade, e duvida de todo mundo que passa na frente dela. Praticamente todo dia ela relê a carta e começa a divagar, a sonhar.
No meio de todas essa história há alguns personagens que trabalham com ela - cada um mais pirado e confuso que o outro, imaginem por exemplo, uma universitária que raspou a cabeça para aproveitar o verão! - a mãe a avó de Lauren - que são no minimo engraçadas, de um jeito diferente - e uma bibliotecária, que adora muito uma boa bebida.
Helen é uma personagem que, às vezes, me deixava bem confusa. Num minuto ela estava toda simpática e falante, no seguinte ela era ignorante, mal humorada e mais, e com a mesma pessoa. Essa mudança ocorria dentro de cada parágrafo, cada capítulo.
Ela também adora divagar sobre as pessoas, as situações, os livros...e ficava pensando e elaborando teorias que nem sempre eram totalmente compreensíveis.
A questão é que o livro não me empolgou e gosto da sensação de estar ávida pelo final da história, de ficar até de madrugada lendo, mas...
Os melhores momentos do livro foram os sobre o envolvimento de Helen com Johnny e alguns da mãe dela, que era uma pessoa sem noção e bem divertida rsr. Outro ponto interessante foi a descoberta da identidade do autor da carta no final do livro, ou melhor, o melhor foi o motivo da carta.
Autor: Cathleen Schine
Editora: Objetiva
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