quarta-feira, 14 de julho de 2010

O morro dos ventos uivantes


O único romance escrito por Emily Brontë, O morro dos ventos uivantes é um clássico da literatura inglesa que conta a história de uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes.

Amigos de infância, eles são separados pelo destino, mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta - um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança.



Este é um romance dos mais diferentes que já li, tem muita raiva e sentimento de vingança nos personagens, e todos são muito misteriosos e um pouco problemáticos. Uma coisa um pouco diferente no livro é a narração que não é feita nem pelo personagem principal da história e nem por um narrador (o escritor) e sim por outro personagem contando aquela história. Primeiro o Sr. Lockwood e depois a governanta Nelly. Lockwood é o inquilino de uma propriedade, cujo proprietário é Heathcliff, e Nelly a governanta indicada pelo segundo para ajudar Lockwood.

A história, basicamente, começa quando Lockwood vai visitar Heathcliff em sua propriedade (Morro dos Ventos Uivantes) e percebe um clima nada amigável entre os três membros da casa - que contava com, além do proprietário, Hareton e Cathy. Nelly então é convencida a contar a história por trás daquelas propriedade e é aí que o livro começa a ter"mudanças de tempo" (sabe, quando a história vai e volta no tempo, contando épocas diferentes da vida dos personagens). Ela já conhecia Heathcliff desde pequeno e toda a família em que vivia, pois ele era um menino adotado, que havia sido abandonado na rua, e por isso não era aceito pelo resto da familia, a não ser Sr. Earnshaw (pai adotivo) e Catherine (filha de Earnshaw). O tratamento que o pai dava a Heathcliff causava ciúmes em seu filho mais velho, Hindley, que assim que o pai morre começa a maltratá-lo.

Bom, antes de eu me empolgue e acabe enchendo o texto de spoilers deixa eu resumir aqui.

Heathcliff e Catherine tinham um temperamento bastante agressivos e talvez por isso se dessem tão bem. Os dois não podem ser considerados mocinhos típicos de uma história, já que possuem mais defeitos do que qualidades. Na verdade acho que nenhum personagem "sobrevive" a isso, todos tem defeitos gritantes. A história vai se desenrolando de forma inesperada e há muito drama e muita raiva nos personagens...

O livro é sem dúvida fascinante e eu recomendaria a leitura!!! Até os personagens da saga Crepúsculo se encantaram com ele rsrsr.


Autora: Emily Brontë
Editora: Lua de papel


11 comentários:

portaldoslivros disse...

Oie!!!
Encontrei seu blog por acaso... A-DO-REI!!
Eu, como vc sou também uma viciada em livros...montei um blog sobre todos os livros que eu já li, ainda estou no começo,são muitos...rsss
Passa lá...ah vou te linka ok??
Um bjao
Simone
www.portaldoslivros-books.blogspot.com

Amanda disse...

Fico muito feliz que você tenha gostado...também comecei agora, e estou postando os livros aos poucos...também já li muitos, mas nem todos eu tenho então eu acabo esquecendo alguns detalhes que podem ser legais postar numa resenha né...
pode deixar que passo no seu blog sim
e você sinta-se a vontade aqui e volte sempre tá...
bj

Bianca Briones disse...

Puxa... É um clássico que está retornando graças a Lua de Papel. E isso de falarem que é o preferido do vampiro purpurinado fará aumentar as vendas. rsrs

Beijos

Amanda disse...

Isso não tenha dúvida...mas pelo menos as adolescentes lerão algum clássico né. Poxa gosto bastante da saga Crepúsculo, mas vamos combinar, não dá pra ler só um tipo de livro, temos que conhecer diversos estilos, ainda mais os grandes clássicos!

Marcos Vinicius Gomes disse...

Olá!

Parabéns pelo blog. É com certeza também para mim uma das mais interessantes histórias que já li. Gostaria de fazer duas observações: Lockwood é o que narra a história completa, ele apenas reconta o que a governanta Nelly contou para ele. Quanto ao narrador, ele não é o escritor (se bem que pode haver casos em que isso ocorra). Para definir isso, podemos usar de um recurso: imagine uma história narrada por um cão esperto, que como sabemos, não escrevem livros, pelo menos no mundo real, mas podem ser narradores habilidosos de histórias. Eu poderia escrever um romance sobre um cão abandonado e suas aventuras, sem necessariamente ser 'um cão', mas narrando como se fosse ele.
Sucesso.
Abs.

Amanda disse...

Oi Marcos, obrigado pelo comentário, mas acho que posso ter me feito entender de forma errônea. Quando eu falei sobre o narrador e pus escritor entre parênteses eu quis explicar de alguma maneira que não era uma história simplesmente contada sem ser pela visão de um personagem, que esse história era contada por um personagem mas que não pelos principais da história como normalmente acontece. Segundo, eu sei que Lockwood conta o que a Nelly contou pra ele, mas a sensação é a de que é uma parte da história contada por ela. Tentei apenas não alongar demais o post que já estava imenso. Assim como você pode ser que outros não entendam o que quis dizer e sinto por isso, não foi a intenção.
Bom, mas espero que curta o blog
Abraços

Marcos Vinicius Gomes disse...

Amanda,

Quem sou eu para discordar do seu zelo e conhecimento! É que para quem é desta área (digo profisionalemte e paranoicamente também) a gente sempre tenta explicar, porque - não sei se isso aconteceu com você quando estava no colégio - os professores (alguns) nunca explicavam direito o que era uma narrativa em 'flash back' (no caso 'O morro', assim como "Brás Cubas'), o que era foco narrativo, porque o texto narrado em 1ªpessoa sempre parece dúbio (será que Bentinho foi traído,etc). E é claro que saber disso não é mais importante do que ler a história e tirar bom proveito dela. Eu sempre vi que no Brasil o livro foi tratado por muito tempo como 'fetiche elitista' e isso parece que está mudando. Eu no início de carreira todo esnobe, criticava colegas professore de outras áreas -história, biologia, etc, que não liam 'vacas sagradas' - Machado, Eça, entre outros. Isso passou, felizmente, claro que os clássicos são os clássicos e vice-versa, mas num país em que o sujeito que lê três livros é tido como 'intelectual' não há motivo para se censurar Paulo Coelho , por exemplo . Experimente falar sobre Coelho (que eu nunca li) com um professor de literatura somente vestida de armadura! Ele é´muito lido na França e será que os franceses são tão ignorantes assim?
Abraços
(desculpe o texto longo)

Amanda disse...

Imagina Marcos, não precisa se desculpar pelo tamanho do texto não...se me deixar também faço textos gigantes. Bom, eu não sou uma profissional em literatura, apenas uma apaixonada por livros e que lê tudo o que tem na mão, e particularmente adoro os clássicos (só não gostei de O cortiço, não consegui ler até o final...kkk). Espero que você tenha entendido o que expliquei no comentário anterior, pois tento realmente fazer algo em que as pessoas me entendam e sei que nem sempre acerto. Foi bom saber a sua opinião, é sempre válido e prometo me preocupar mais com alguns detalhes na próxima resenha. Meus professores do colégio eram bons, mas não lembro se me explicaram narrativa em flash-back, mas acho que não.E te confesso uma coisa, também nunca li Paulo Coelho, mas tenho um livro aqui dele (que ganhei) e vou tentar ler para ter uma opinião sobre o autor. De todo modo, espero que os outros posts sejam legais pra você. E você pode sempre vir dar sua opinião. Ficarei muito feliz!

Marcos Vinicius Gomes disse...

Volto sim, Amanda!
Abs.

Anônimo disse...

Uma das mais belas obras que já li. Fiquei 3 meses neste livro, mas valeu a pena. O difícil é compreender e interpretar todos os sentimentos que envolvem a história... Complexo e fascinante!

Amanda disse...

Sem dúvida vale muito a pena ler... e concordo que é difícil compreender todos os sentimentos em alguns momentos